Post by andrewschaefer on Jun 21, 2021 14:52:30 GMT -5
The Telegraph (UK)
88
Em World Inside My Head, Genevive nos convida pra conhecer sua estreita relação com suas paixões e consigo mesma, em um misto sobre amor, turbulências e auto-descoberta. Com uma produção excêntrica mas certeira de Klaus Henderson, o álbum surpreende com sua versatilidade e e estética experimental, mas ainda mantendo-se na linha do mainstream, seguindo uma estratégia parecida por outras cantoras do indie pop como Kierah, Reiko e Plastique Condessa. TWR e Cockfight são as faixas que mais surpreendem por suas sonoridades, de maneira em que Genevive prova de uma vez por todas que é aquela artista versátil — capaz de pôr rap e pop rock em um mesmo álbum e ainda se manter coesa.
Letras incisivas (e repletas de metáforas que se aplicam a realidade de qualquer um que ouça), World Inside My Head é realmente um projeto que parece penetrar nossa mente e nos faz aflorar pensamentos e sentimentos que antes estavam guardados lá no fundo. É sexy, crítico, pessoal, experimental e acima de tudo isso: um projeto realmente bom, e que sem dúvidas, se destaca como um dos melhores álbuns pop do ano.
Pitchfork
85
Genevive traz uma das sonoridades mais originais já apresentadas até então. Com um pop experimental com muitas influências do trap, hip-hop e do eletrônico, a artista facilmente se destaca pelas produções ousadas que conseguem ser ao mesmo tempo que barulhentas, tão calmas. Essa característica é notada do começo ao final do álbum, o que mostra que ela conseguiu se manter muito bem no gênero e estilo escolhido, até mesmo nas interludes, sem tornar o disco chato. Na realidade, o álbum é mais fácil de se ouvir do que parece a princípio. Quanto ao lirismo, é fato de que as composições estão excepcionais, escritas de uma forma muito boa, mas por vezes é difícil se conectar com a letra, ou seja, é difícil entender exatamente as situações que a artista está abordando. Essa "complexidade" lírica é interessante para quem deseja analisar o álbum detalhadamente, mas não para quem quer ouvi-lo casualmente. Em suma, apesar de tratar de temas com os quais conseguimos nos identificar, nem sempre fica claro se estamos interpretando corretamente as letras, o que atrapalha um pouco a experiência de ouvir o disco. Os destaques sem dúvidas são para os singles Cockfight e Tattooed In My Bones, além da faixa TWR em parceria com a rapper CLEO. Grave e Porcelain com Klaus Henderson também impressionam, completando um possível top 5 de melhores músicas do álbum.
The Independent (UK)
82
O álbum de Genevive, liricamente, consegue expressar a proposta do álbum. Cada faixa parece que foi posta ali unicamente para ser uma partícula do que seria o mundo particular de Genevive, com todos os seus anseios, inseguranças e até perspectivas. Apesar da primeira parte nos apresentar músicas sonoramente similares, Genevive surpreende com as letras, que nesse ponto do disco mostra uma personalidade um pouco mais insegura do que estaria por vir. A segunda parte do disco (pós-interlude) mostra uma pessoa que está muito mais segura de si, além da sonoridade do álbum melhorar de forma significante. Genevive trouxe um ótimo projeto de estreia, e cumpre sua missão em mostrar quem ela é como artista e nos deixar imersos a esse mundo particular da cantora.