Post by ggabxxi on Nov 27, 2020 0:30:26 GMT -5
Bom dia a todos! Hoje, eu vou fazer um especial em parceria com o Genius para o bloco Official Lyrics & Meaning mas dessa vez, vai ser um pouco diferente. Dessa vez, eu vou explicar os significados de todas as faixas do meu recém-lançado álbum The Cocoon And The Butterfly em uma série de vídeos para que todos entendam de que lugares, situações e sentimentos vieram esses versos, qual a motivação de cada uma das músicas que compõem este que é um trabalho não só sobre minha vida, mas também sobre como ela se encaixa no mundo, quais as intersecções dela com as vidas de cada mente brilhante e única que forma isto que chamamos sociedade. The Cocoon And The Butterfly é uma obra muito importante para mim, além de compartilhar os meus pensamentos e ideias mais íntimas com pessoas que precisavam escutá-las, esse álbum ainda marca o momento em que eu tomei a frente da minha vida, do meu trabalho, da minha arte. Bem, então, vamos começar. A primeira faixa do album se chama “You”.
“Sent you my carrier pigeon
you broke its neck just for fun
I kept waiting for it on and on
until the sunlight made me stunned”
Bem. Essa primeira estrofe fala sobre uma relação amorosa desigual e acho que não é difícil entender isso. Uma pessoa manda uma mensagem em seu pombo correio e o destinatário quebra o pescoço do pombo, um sinal de desrespeito, crueldade, desprezo e irresponsabilidade com a vida. O remetente ainda sustenta esperanças de receber uma resposta, então ele espera sob o sol até causar a si mesmo uma hipertermia. O que eu mais gosto em You é a intensidade com que eu consegui mostrar minha imaturidade em relações e amor na época a que essa faixa faz referência. Ninguém é obrigado a corresponder meu amor em intensidade nenhuma e eu, Vivien, sou uma pessoa muito intensa. Meu coração é um emaranhado de hipérboles prontas para serem lançadas pela minha boca. Eu não sinto dificuldade em falar que amo alguém, que quero envelhecer ao lado dela ou até que morreria com ela ou por ela se eu realmente a amo. E isso assusta a maioria das pessoas, nossa cultura não exalta mais amores tão intensos e provavelmente é por isso que o romance shakespeariano Romeu e Julieta não é mais tratado com tanta glória. Bom, eu não sou nenhuma entusiasta da tragédia, mas oh, como eu amo uma história de amor hiperbolicamente estruturada. Ninguém precisa morrer ou correr risco de vida, mas as palavras “eu te amo tanto que viveria ou morreria por você” têm um espaço especial no meu coração. Quando foi que o amor intenso se tornou vergonhoso? Por que hoje em dia, as pessoas sentem tanta dificuldade em demonstrar e aceitar amor? Dizer que se deseja viver por alguém não transparece dependência na minha opinião, eu encaro como uma coisa feliz de se dizer. Eu me sentiria honrada por saber que sou amada o suficiente para me tornar uma âncora na vida para alguém. Que sou um dos motivos para uma pessoa desejar continuar viva. Eu mesma só desejo envelhecer caso tenha alguém para me acompanhar nessa jornada amedrontadora que chamamos de vida. E, sinceramente, eu não acredito que alguém deseje viver mais do que quatro ou cinco décadas sozinho. Eu espero que o universo me abata antes que eu envelheça sem ninguém para dividir comigo o fardo de viver na minha presença. Bem, You fala de quando eu descobri que nem todos se sentem como eu em relação ao amor e de como eu passei por um grande período de rejeição quanto a isso. As pessoas não são cruéis por não acreditarem no amor como eu acredito, eu é que sou romântica demais. Mas a Vivien do passado não entendia isso e pensava que tinha sido vítima da pior das crueldades. A Vivien de hoje ainda espera alguém que acredite no amor como ela, mas entende que ela é uma das poucas exceções nos dias de hoje.
“Planted hydrangeas to be pink too
but your soil just let grow the blues
your company is bad, to be true
but I can’t help saying I love you”
Esse trecho é uma continuação do raciocínio do trecho que ele sucede, mas agora fazendo uma contraposição da tristeza diante do amor através da metáfora apresentada pelas cores. A cor das hortênsias varia de acordo com o solo em que ela é plantada, e nesse trecho, eu digo que plantei hortênsias com o objetivo de que elas crescessem rosadas, mas o solo que a pessoa manteve só permitia que as azuis crescessem. Ele só dava lugar ao azul, à tristeza, e não ao amor que é representado pela cor-de-rosa. E apesar de tudo, apesar dessa situação nada calorosa e acolhedora, eu não conseguia me livrar do amor que eu sentia por essa pessoa.
“I’m a candle lit outside
waiting your wind to make me die
one blow, the damage is done
Baby, you just ruined this song”
E com tudo isso, eu me tornei vulnerável demais, e o pré-refrão destaca isso. Esta é uma Vivien fragilizada, como uma vela acesa lá fora, esperando que a primeira brisa a apague.
“But I still want you
I’ll have you
you, you, you, you
And if you desire
put down the fire
Put it out”
Eu queria mostrar desespero. Como eu me recusava a perder essa pessoa por achar que ela era a melhor pra mim. Eu me decidi a tê-lo, mesmo que ele apagasse minha chama.
“My wax will never touch the floor
What did you hex me like that for?
I’m always hard and never limp
like the horns of a deadly imp”
Bem, aqui, aconteceu. Ele apagou minha chama. E minha cera nunca chegaria a tocar o chão. Ele me amaldiçoou a ser sempre dura, firme, nunca mole e maleável, como os chifres de um diabrete. Bem, eu adicionei o diabrete pela rima, mas isto foi inspirado por um texto que li na internet de autor desconhecido que chamava as balas que saiam das armas dos soldados em guerra de “diabretes de prata”. Eu achei fascinante o uso do elemento “diabrete”, eles são criaturas tão pequenininhas e mesmo assim, detentoras de tanto mal, tanta vileza! Me comparar ao estado de um deles me parece uma boa maneira de descrever como eu me senti nessa época, como se meu corpo estivesse tomado por todos os males que ele pudesse suportar ao mesmo tempo.
[DIVULGAÇÃO PARA LIFE LOCOMOTIVE E YOU]
“Sent you my carrier pigeon
you broke its neck just for fun
I kept waiting for it on and on
until the sunlight made me stunned”
Bem. Essa primeira estrofe fala sobre uma relação amorosa desigual e acho que não é difícil entender isso. Uma pessoa manda uma mensagem em seu pombo correio e o destinatário quebra o pescoço do pombo, um sinal de desrespeito, crueldade, desprezo e irresponsabilidade com a vida. O remetente ainda sustenta esperanças de receber uma resposta, então ele espera sob o sol até causar a si mesmo uma hipertermia. O que eu mais gosto em You é a intensidade com que eu consegui mostrar minha imaturidade em relações e amor na época a que essa faixa faz referência. Ninguém é obrigado a corresponder meu amor em intensidade nenhuma e eu, Vivien, sou uma pessoa muito intensa. Meu coração é um emaranhado de hipérboles prontas para serem lançadas pela minha boca. Eu não sinto dificuldade em falar que amo alguém, que quero envelhecer ao lado dela ou até que morreria com ela ou por ela se eu realmente a amo. E isso assusta a maioria das pessoas, nossa cultura não exalta mais amores tão intensos e provavelmente é por isso que o romance shakespeariano Romeu e Julieta não é mais tratado com tanta glória. Bom, eu não sou nenhuma entusiasta da tragédia, mas oh, como eu amo uma história de amor hiperbolicamente estruturada. Ninguém precisa morrer ou correr risco de vida, mas as palavras “eu te amo tanto que viveria ou morreria por você” têm um espaço especial no meu coração. Quando foi que o amor intenso se tornou vergonhoso? Por que hoje em dia, as pessoas sentem tanta dificuldade em demonstrar e aceitar amor? Dizer que se deseja viver por alguém não transparece dependência na minha opinião, eu encaro como uma coisa feliz de se dizer. Eu me sentiria honrada por saber que sou amada o suficiente para me tornar uma âncora na vida para alguém. Que sou um dos motivos para uma pessoa desejar continuar viva. Eu mesma só desejo envelhecer caso tenha alguém para me acompanhar nessa jornada amedrontadora que chamamos de vida. E, sinceramente, eu não acredito que alguém deseje viver mais do que quatro ou cinco décadas sozinho. Eu espero que o universo me abata antes que eu envelheça sem ninguém para dividir comigo o fardo de viver na minha presença. Bem, You fala de quando eu descobri que nem todos se sentem como eu em relação ao amor e de como eu passei por um grande período de rejeição quanto a isso. As pessoas não são cruéis por não acreditarem no amor como eu acredito, eu é que sou romântica demais. Mas a Vivien do passado não entendia isso e pensava que tinha sido vítima da pior das crueldades. A Vivien de hoje ainda espera alguém que acredite no amor como ela, mas entende que ela é uma das poucas exceções nos dias de hoje.
“Planted hydrangeas to be pink too
but your soil just let grow the blues
your company is bad, to be true
but I can’t help saying I love you”
Esse trecho é uma continuação do raciocínio do trecho que ele sucede, mas agora fazendo uma contraposição da tristeza diante do amor através da metáfora apresentada pelas cores. A cor das hortênsias varia de acordo com o solo em que ela é plantada, e nesse trecho, eu digo que plantei hortênsias com o objetivo de que elas crescessem rosadas, mas o solo que a pessoa manteve só permitia que as azuis crescessem. Ele só dava lugar ao azul, à tristeza, e não ao amor que é representado pela cor-de-rosa. E apesar de tudo, apesar dessa situação nada calorosa e acolhedora, eu não conseguia me livrar do amor que eu sentia por essa pessoa.
“I’m a candle lit outside
waiting your wind to make me die
one blow, the damage is done
Baby, you just ruined this song”
E com tudo isso, eu me tornei vulnerável demais, e o pré-refrão destaca isso. Esta é uma Vivien fragilizada, como uma vela acesa lá fora, esperando que a primeira brisa a apague.
“But I still want you
I’ll have you
you, you, you, you
And if you desire
put down the fire
Put it out”
Eu queria mostrar desespero. Como eu me recusava a perder essa pessoa por achar que ela era a melhor pra mim. Eu me decidi a tê-lo, mesmo que ele apagasse minha chama.
“My wax will never touch the floor
What did you hex me like that for?
I’m always hard and never limp
like the horns of a deadly imp”
Bem, aqui, aconteceu. Ele apagou minha chama. E minha cera nunca chegaria a tocar o chão. Ele me amaldiçoou a ser sempre dura, firme, nunca mole e maleável, como os chifres de um diabrete. Bem, eu adicionei o diabrete pela rima, mas isto foi inspirado por um texto que li na internet de autor desconhecido que chamava as balas que saiam das armas dos soldados em guerra de “diabretes de prata”. Eu achei fascinante o uso do elemento “diabrete”, eles são criaturas tão pequenininhas e mesmo assim, detentoras de tanto mal, tanta vileza! Me comparar ao estado de um deles me parece uma boa maneira de descrever como eu me senti nessa época, como se meu corpo estivesse tomado por todos os males que ele pudesse suportar ao mesmo tempo.
[DIVULGAÇÃO PARA LIFE LOCOMOTIVE E YOU]