Post by andrewschaefer on Jun 7, 2021 20:19:23 GMT -5
The Observer (UK)
69
O álbum de Banshee nos dar no início um frescor do rock dos anos 90 de volta, ao mesmo tempo tem a sensação de uma garage band, o que é incrível para uma artista do tamanho dela. No entanto o final foi ficando um pouco mais melancólico, talvez por ser uma obra pessoal, porém foi se tornando mais comercial, perdendo um pouco o fio metal do início.
AllMusic
61
Podemos ver claramente que a Banshee tinha como intenção mostrar uma imagem completamente rock n' roll a todo custo aqui. O conceito em si do álbum é muito bom e muito promissor, e a primeira e segunda faixa nos deixam por dentro desse conceito. Mas parece que a partir desse momento a cantora simplesmente se perde, com letras que apesar de trazer essa estética rock n roll setentista vibe Sid Vicious (não, não é legal fingir ser o Sid Vicious em 2021) as letras não tem muito a ver uma com a outra (até sonoramente falando, de punk fomos pra grunge e depois pra hard rock?). Talvez o que salva o projeto é a parte final onde a cantora finalmente retorna ao conceito inicial do álbum, mas ainda assim a sonoridade do álbum nos deixa um pouco confusos do que está acontecendo. Entendemos a proposta de Banshee, mas com esses problemas de conexão, o álbum não ficou tão bom quanto tinha potencial de ser. Destaques para Black, de longe a melhor faixa tanto sonoramente quanto liricamente.
Pitchfork
60
Banshee lança o seu segundo álbum de estúdio, o X Nation. Descobrimos logo na primeira faixa, de mesmo título, que o "X" é de incógnita quando ela canta "Fuck you incognito nation". O que não sabíamos é que álbum seria, de fato, uma incógnita. A cantora parece se perder entre tantos temas que quis tratar e fica difícil adivinhar do que a próxima faixa vai falar: sobre suas opiniões políticas, sobre suas decepções amorosas, sobre outros problemas pessoais, etc. É uma verdadeira caixinha de surpresas, principalmente porque as músicas de temas semelhantes normalmente se encontram distantes como "X Nation" e "One More About A Whore" que poderiam vir em sequência, mas são, respectivamente, a primeira e a sexta do álbum, com outras quatro faixas no meio que discutem assuntos desconexos com essas duas. Um pouco de organização na tracklist salvaria Banshee dessa confusão. Quanto aos instrumentais, Banshee conseguiu transmitir raiva e tristeza quando devia a partir deles, o que trouxe dois eventuais extremos para o disco: por vezes há o excesso de barulho e gritos, e em outras, uma melodia muito lenta e vazia; poderiam não ser características negativas a princípio, mas isso somado a duração desnecessariamente longa de algumas músicas e a imprevisibilidade do que viria a seguir, tornou o álbum um pouco cansativo. Apesar de todos os contras, as composições são o ponto alto do projeto e realmente merecem destaque por serem tão boas, principalmente as músicas mais melancólicas. Algumas são difíceis de se compreender, mas isso não invalida o quão bem escritas elas foram. A melhor, com certeza, é "Black", que também possui um dos melhores instrumentais, além disso outras como "Don’t You Dare To Wish Me Back", "I'm a Whore" e "When You Were Here" são só mais algumas que também se destacam. Não há mesmo como duvidar do talento da artista para escrever pois o projeto realmente tem letras admiráveis, mas infelizmente boas composições não são suficientes para encontrarmos o "X" da questão quando parece que a cantora está perdida e não sabe sobre o que escrever. E ainda permanece uma incógnita que mesmo após concluirmos a experiência do álbum, que melhor funcionaria como uma playlist ou uma mixtape, não conseguimos responder: sobre o que é "X Nation"?