Post by ggabxxi on Oct 2, 2020 12:45:51 GMT -5
Então... Antes que isso se torne um mal entendido, eu gostaria muito de dizer que eu não estou dizendo a ninguém como agregar valor à própria vida, por favor! Eu simplesmente estou falando do que eu, Vivien Turner, acho que seria uma vida bem aproveitada, uma vida valorosa. Todos nós temos vidas inesquecíveis, fascinantes e singulares. Le Dernier Vol fala mais sobre o produto dessa vida, eu acho... Eu tentei falar sobre a vida e a morte da maneira mais sensata possível através dessa música. Todos nós vamos morrer um dia. Isso vai acontecer e eu não acho que a morte seja o pior dos males, mas sim uma vida sem aproveitamento. Cada um de nós sabe o que gostaria de fazer da vida para tornar ela bem aproveitada mas no meu caso, eu acredito que uma vida bem utilizada é uma vida em que você adquire conhecimento e o transforma em meios de mudar o mundo para melhor, como um presente para as futuras gerações. Por isso, Le Dernier Vol é um paralelo entre a personagem humana e a simbólica borboleta do álbum, ambas no fim da vida. Eu pensei muito no conceito de efeito borboleta para essa música, porque acho que ele é metaforicamente similar à ideia de transformar o mundo. Assim como um bater de asas de uma borboleta pode transformar uma brisa fresca em um furacão, a longo prazo, uma única pessoa usando sua voz para tornar o mundo mais acolhedor também tem o poder de mudar um mundo inteiro, mesmo que a pessoa que o tenha feito não viva o suficiente para ver a mudança acontecer. Percebam como várias escritoras feministas como Virginia Woolf ou Simone De Beauvoir colocaram suas majestosas ideias no mundo e hoje em dia, mulheres votam, usam calças, trabalham... O poder que ecoa de uma voz é inigualável e mesmo assim, tão subestimado! Pois bem, em Le Dernier Vol, eu uso minha voz para falar com as novas gerações sobre ideias e preocupações que eu considero relevantes da maneira que eu melhor sei me expressar: através da música.
“Is this how it feels to be alive?
Battles not chosen we have to fight
Why do people never find delight
in other people’s thrive?”
Bem, sim, Le Dernier Vol começa com uma pergunta retórica. Eu não preciso de uma resposta, eu sei exatamente como é estar e se sentir viva, afinal, eu estou viva. Eu queria instigar uma reflexão, algo como “É assim mesmo que queremos viver?”. Tudo é uma competição, isso me cansa as vezes. Eu nunca escolhi fazer parte desse sistema, onde eu preciso frequentemente me provar melhor que alguém para conquistar um lugar. Mesmo agora, me comparam com várias das grandes artistas atuais. Eu nunca pedi para estar envolvida em uma batalha com elas, e esse é um dos exemplos mais simples que eu pude pensar. Toda a nossa vida é uma grande competição, direta ou indireta, então aqui fica o meu apelo para que mudemos isso e nos tratemos com amor, como irmãos, quando todos se ajudam, todos são bem sucedidos. É tão frustrante pensar que nós nunca seremos assim... Eu provavelmente vou morrer sendo empurrada para batalhas que eu nunca escolhi lutar.
“I’d always break my blue wings
rather than steal someone’s things
Counterfeit blame
but truth stands in the eye of the hurricane”
Eu não sou muito boa em ironia, mas tentei ser um pouco irônica aqui, apesar de que acho que tenha parecido mais uma crítica firme e sem humor. Talvez eu seja muito séria para criar um efeito de ironia, mas o sentido continua o mesmo: a hipocrisia. Há pessoas que dizem não gostar de como todos nós somos expostos a isso, mas ninguém se mobiliza por uma mudança. O último verso, “but truth stands in the eye of the hurricane”, é justamente uma referência ao efeito borboleta que eu disse antes.
“Jack and Vivi
Benny and Tom
Give all your attention
to this last song
The meaning of life
isn’t to worship paper and coins
chercher le bonheur
comme des moines”
Os nomes não têm nenhum significado, eu só achei que seria legal colocá-los na música como um direcionamento. Bom, a essa altura, eu acho que todos já entenderam que Le Dernier Vol é uma crítica à competição e ao materialismo, causados pelo capitalismo. É difícil distinguir o acúmulo de riquezas do real significado de felicidade, considerando esse sistema em que somos inseridos involuntariamente desde o minuto em que nascemos, mas eu quero deixar isso muito claro a todos que me escutam: existem alegrias maiores do que comprar uma roupa bonita. É claro que pagar por uma viagem é uma coisa que te faz alegre, mas não importa onde você esteja, quão divertido e bonito é o lugar que você visita, nada te fará mais feliz do que o amor, do que sentir que alguém vai sentir sua falta quando você cruzar a linha entre a vida e a morte. Eu não estou dizendo que o dinheiro não é importante, afinal, todos precisam sobreviver, mas entendam que a diferença entre sobreviver e viver não está em quanto dinheiro você tem, mas em quanto amor você dá e recebe. Você pode, é claro, ter uma opinião diferente da minha, mas essa é uma das minhas ideias que nada pode mudar. Principalmente porque agora, eu já tive ambos. Eu tenho muito dinheiro e também amo e sou amada e eu observei atentamente o que me fez mais feliz. Chrysalis poderia nunca ter se tornado um grande sucesso comercial e eu tenho plena consciência de que seria igualmente feliz. Não me entendam mal, eu me sinto lisonjeada por ter tantas pessoas sendo inspiradas pela minha música, mas a minha satisfação pessoal não é pelos números que ela fez e sim pelo efeito que ela causou em mim e causa a quem ouviu.
“A disguise that you zip
and will never strip
Things you didn’t do in the chrysalis
Are things you fight when you got this”
Mais uma vez, eu falo de como nós encaixamos o que somos, nossas tendências de comportamento no que a sociedade espera de nós. Um disfarce que você veste e nunca vai tirar. O que vem depois é uma referência a Chrysalis e também uma metáfora. Se vocês se lembram de meu primeiro single, ele fala sobre amadurecimento, sobre se preparar para o mundo lá fora. Aqui, eu estou dizendo que é necessário impor a si mesmo, não aceitar nada que você realmente não queira fazer, nada que te faça mal, afinal, borboletas passam pela metamorfose de uma maneira que ajude elas. Assim, eu acho que devemos viver sempre nos recusando a apoiar atitudes e causas que não acreditamos. E viver é apoiar causas frequentemente. Votar e protestar não são as únicas atitudes que nos fazem apoiar causas, há maneiras muito mais simples e sutis de apoiar uma causa como gastar o seu dinheiro ou até frequentar um estabelecimento que aparentemente é isento de qualquer causa. Se você vai em uma sorveteria cujo dono explora os funcionários, indiretamente está apoiando isso afinal você investiu o seu dinheiro nessa estrutura de serviço. Muitos vão dizer que eu estou exagerando, mas no fim do dia, ainda há um cara mau ficando rico, não? Ah, eu acho que me perdi um pouco, mas a ideia dessa estrofe é: nós não deveríamos ser obrigados a tomar atitudes que nos façam sentir desconforto, culpa, ou simplesmente que não representem nossos feitios, nossas personalidades.
“The hopes and the dreams
have the sweetest gleam
in the eye of the hurricane
I know the blame
My skin is blood stained
Now I’ll declaim
in the eye of the hurricane
Flying against the storm
Subduing the maelstrom
Arriving
in the eye
of the hurricane
I can feel the lightning fire
I see its light
in my last flight”
Esta talvez se torne a parte mais polêmica da música. Talvez, pensem que eu estou de alguma maneira romantizando a morte, mas não é essa a minha intenção, de maneira alguma. Aqui, eu quis dizer que as esperanças e os sonhos não têm o brilho que nos dizem que eles têm em nossa sociedade. Isso porque nossos sonhos não foram criados por nós mesmos, mas sim arremessados em nossas mãos. Nos dizem que o sonho de todo mundo é ser bem-sucedido, rico, um bom status, uma reputação a zelar, e quando conseguimos tudo isso, o que paira sobre o ar é o vazio. Nós percorremos a vida inteira perseguindo esses tais sonhos que quando nos damos conta, nossa vida passou diante de nossos olhos e não usamos nenhum desse tempo para pensar no que nós mesmos sonhamos em ter. Por fim, a mulher e a borboleta morrem. Le Dernier Vol é a última faixa do album, então eu queria escrever algo dramático porque o album inteiro é bem dramático, acho que ele merecia um fim à altura, então, eu narrei a borboleta da história tentando voar contra o furacão que ela mesma criou e morrendo por isso, mas não sem antes chegar ao olho dele. Acho que inconscientemente, eu transformei o olho do furacão em uma metáfora para morte, mas eu gostei de como isso agregou valor significativo para a música. Então é isto. Le Dernier Vol, O Último Vôo. A morte. Não só a morte em si, mas o reflexo de toda a vida, toda a sucessão de acontecimentos que levou a ela. Muito do conteúdo dessa música se deve ao desespero que eu sempre senti por fazer algo significativo antes de morrer. Eu espero que The Cocoon And The Butterfly seja tão significativo para vocês como é para mim, porque em Le Dernier Vol, é como seu estivesse dizendo “Agora, eu posso morrer em paz”. Que vocês também façam da vida algo significativo e sintam que podem morrer em paz. Não há nada pior do que morrer com o remorso de nunca ter vivido da maneira que queriam ter vivido. Obrigada pelo espaço e pelo tempo de vocês, Genius. Obrigada a todos que assistiram este vídeo. Le Dernier Vol é muito importante para mim. Muito! A quem ainda não a escutou, ela já está disponível em todas as plataformas digitais, eu sinto que vocês vão ter uma ótima experiência se resolverem dar uma chance a esta artista que vos fala! Eu sou Vivien Turner e esta foi a explicação mais pura e verdadeira de Le Dernier Vol. Tchau, e obrigada novamente!
[DIVULGAÇÃO PARA LE DERNIER VOL]
“Is this how it feels to be alive?
Battles not chosen we have to fight
Why do people never find delight
in other people’s thrive?”
Bem, sim, Le Dernier Vol começa com uma pergunta retórica. Eu não preciso de uma resposta, eu sei exatamente como é estar e se sentir viva, afinal, eu estou viva. Eu queria instigar uma reflexão, algo como “É assim mesmo que queremos viver?”. Tudo é uma competição, isso me cansa as vezes. Eu nunca escolhi fazer parte desse sistema, onde eu preciso frequentemente me provar melhor que alguém para conquistar um lugar. Mesmo agora, me comparam com várias das grandes artistas atuais. Eu nunca pedi para estar envolvida em uma batalha com elas, e esse é um dos exemplos mais simples que eu pude pensar. Toda a nossa vida é uma grande competição, direta ou indireta, então aqui fica o meu apelo para que mudemos isso e nos tratemos com amor, como irmãos, quando todos se ajudam, todos são bem sucedidos. É tão frustrante pensar que nós nunca seremos assim... Eu provavelmente vou morrer sendo empurrada para batalhas que eu nunca escolhi lutar.
“I’d always break my blue wings
rather than steal someone’s things
Counterfeit blame
but truth stands in the eye of the hurricane”
Eu não sou muito boa em ironia, mas tentei ser um pouco irônica aqui, apesar de que acho que tenha parecido mais uma crítica firme e sem humor. Talvez eu seja muito séria para criar um efeito de ironia, mas o sentido continua o mesmo: a hipocrisia. Há pessoas que dizem não gostar de como todos nós somos expostos a isso, mas ninguém se mobiliza por uma mudança. O último verso, “but truth stands in the eye of the hurricane”, é justamente uma referência ao efeito borboleta que eu disse antes.
“Jack and Vivi
Benny and Tom
Give all your attention
to this last song
The meaning of life
isn’t to worship paper and coins
chercher le bonheur
comme des moines”
Os nomes não têm nenhum significado, eu só achei que seria legal colocá-los na música como um direcionamento. Bom, a essa altura, eu acho que todos já entenderam que Le Dernier Vol é uma crítica à competição e ao materialismo, causados pelo capitalismo. É difícil distinguir o acúmulo de riquezas do real significado de felicidade, considerando esse sistema em que somos inseridos involuntariamente desde o minuto em que nascemos, mas eu quero deixar isso muito claro a todos que me escutam: existem alegrias maiores do que comprar uma roupa bonita. É claro que pagar por uma viagem é uma coisa que te faz alegre, mas não importa onde você esteja, quão divertido e bonito é o lugar que você visita, nada te fará mais feliz do que o amor, do que sentir que alguém vai sentir sua falta quando você cruzar a linha entre a vida e a morte. Eu não estou dizendo que o dinheiro não é importante, afinal, todos precisam sobreviver, mas entendam que a diferença entre sobreviver e viver não está em quanto dinheiro você tem, mas em quanto amor você dá e recebe. Você pode, é claro, ter uma opinião diferente da minha, mas essa é uma das minhas ideias que nada pode mudar. Principalmente porque agora, eu já tive ambos. Eu tenho muito dinheiro e também amo e sou amada e eu observei atentamente o que me fez mais feliz. Chrysalis poderia nunca ter se tornado um grande sucesso comercial e eu tenho plena consciência de que seria igualmente feliz. Não me entendam mal, eu me sinto lisonjeada por ter tantas pessoas sendo inspiradas pela minha música, mas a minha satisfação pessoal não é pelos números que ela fez e sim pelo efeito que ela causou em mim e causa a quem ouviu.
“A disguise that you zip
and will never strip
Things you didn’t do in the chrysalis
Are things you fight when you got this”
Mais uma vez, eu falo de como nós encaixamos o que somos, nossas tendências de comportamento no que a sociedade espera de nós. Um disfarce que você veste e nunca vai tirar. O que vem depois é uma referência a Chrysalis e também uma metáfora. Se vocês se lembram de meu primeiro single, ele fala sobre amadurecimento, sobre se preparar para o mundo lá fora. Aqui, eu estou dizendo que é necessário impor a si mesmo, não aceitar nada que você realmente não queira fazer, nada que te faça mal, afinal, borboletas passam pela metamorfose de uma maneira que ajude elas. Assim, eu acho que devemos viver sempre nos recusando a apoiar atitudes e causas que não acreditamos. E viver é apoiar causas frequentemente. Votar e protestar não são as únicas atitudes que nos fazem apoiar causas, há maneiras muito mais simples e sutis de apoiar uma causa como gastar o seu dinheiro ou até frequentar um estabelecimento que aparentemente é isento de qualquer causa. Se você vai em uma sorveteria cujo dono explora os funcionários, indiretamente está apoiando isso afinal você investiu o seu dinheiro nessa estrutura de serviço. Muitos vão dizer que eu estou exagerando, mas no fim do dia, ainda há um cara mau ficando rico, não? Ah, eu acho que me perdi um pouco, mas a ideia dessa estrofe é: nós não deveríamos ser obrigados a tomar atitudes que nos façam sentir desconforto, culpa, ou simplesmente que não representem nossos feitios, nossas personalidades.
“The hopes and the dreams
have the sweetest gleam
in the eye of the hurricane
I know the blame
My skin is blood stained
Now I’ll declaim
in the eye of the hurricane
Flying against the storm
Subduing the maelstrom
Arriving
in the eye
of the hurricane
I can feel the lightning fire
I see its light
in my last flight”
Esta talvez se torne a parte mais polêmica da música. Talvez, pensem que eu estou de alguma maneira romantizando a morte, mas não é essa a minha intenção, de maneira alguma. Aqui, eu quis dizer que as esperanças e os sonhos não têm o brilho que nos dizem que eles têm em nossa sociedade. Isso porque nossos sonhos não foram criados por nós mesmos, mas sim arremessados em nossas mãos. Nos dizem que o sonho de todo mundo é ser bem-sucedido, rico, um bom status, uma reputação a zelar, e quando conseguimos tudo isso, o que paira sobre o ar é o vazio. Nós percorremos a vida inteira perseguindo esses tais sonhos que quando nos damos conta, nossa vida passou diante de nossos olhos e não usamos nenhum desse tempo para pensar no que nós mesmos sonhamos em ter. Por fim, a mulher e a borboleta morrem. Le Dernier Vol é a última faixa do album, então eu queria escrever algo dramático porque o album inteiro é bem dramático, acho que ele merecia um fim à altura, então, eu narrei a borboleta da história tentando voar contra o furacão que ela mesma criou e morrendo por isso, mas não sem antes chegar ao olho dele. Acho que inconscientemente, eu transformei o olho do furacão em uma metáfora para morte, mas eu gostei de como isso agregou valor significativo para a música. Então é isto. Le Dernier Vol, O Último Vôo. A morte. Não só a morte em si, mas o reflexo de toda a vida, toda a sucessão de acontecimentos que levou a ela. Muito do conteúdo dessa música se deve ao desespero que eu sempre senti por fazer algo significativo antes de morrer. Eu espero que The Cocoon And The Butterfly seja tão significativo para vocês como é para mim, porque em Le Dernier Vol, é como seu estivesse dizendo “Agora, eu posso morrer em paz”. Que vocês também façam da vida algo significativo e sintam que podem morrer em paz. Não há nada pior do que morrer com o remorso de nunca ter vivido da maneira que queriam ter vivido. Obrigada pelo espaço e pelo tempo de vocês, Genius. Obrigada a todos que assistiram este vídeo. Le Dernier Vol é muito importante para mim. Muito! A quem ainda não a escutou, ela já está disponível em todas as plataformas digitais, eu sinto que vocês vão ter uma ótima experiência se resolverem dar uma chance a esta artista que vos fala! Eu sou Vivien Turner e esta foi a explicação mais pura e verdadeira de Le Dernier Vol. Tchau, e obrigada novamente!
[DIVULGAÇÃO PARA LE DERNIER VOL]