Post by ggabxxi on Dec 1, 2020 1:16:41 GMT -5
A quarta faixa se chama “Promethea”. Promethea é inspirada em uma personagem de um conto, também chamado Promethea. Nele, Promethea era uma divindade que aparecia diante de soldados nas trincheiras das guerras, curava os doentes e machucados, guiava para a paz eterna as almas dos mortos e acalmava os corações daqueles homens tão sofridos que provavelmente já cultivavam traumas que nem as areias do tempo poderiam aplacar. Bem, Promethea também é uma espécie de borboleta, uma das mais majestosas e intimidadoras, na minha opinião. E eu achei que seria desperdício não usar essa relação que veio tão a calhar para o meu álbum. Eu falaria de mais sobre guerra e usaria como uma metáfora para a situação que surge depois do fim de um relacionamento posteriormente, então seria uma ótima ideia introduzir essa ideia com uma bela música como Promethea.
“Every battle starts a war
every war leaves cureless scars
They don’t lead no one to peace
If they really wanted peace they would just cease
They would just cease”
Eu sempre pensei que a essa altura, todos já tivessem consciência dos horrores da guerra e tomassem para si a missão de nunca repetir esses erros que já nos machucaram muito no passado, mas as últimas tensões políticas provaram o contrário. E eu acho que nós, artistas, temos a tarefa de sempre nos aliarmos à paz e ajudar na luta contra o terror. A arte tem também uma função social que é diretamente ligada com a história. Se a história deve nos lembrar de nossos erros e das consequências deles, a arte dele apelar para essas lembranças com compromisso e compaixão. Além disso, todos sabemos que a guerra sempre é introduzida por líderes políticos lunáticos como o caminho para a paz, mas isso é um disparate! Se eles realmente quisessem a paz, não promoveriam a guerra, afinal, essas coisas são antônimas. É claro que existem motivações para a guerra. Interesses covardes, egoístas e... bem, capitalistas. É claro que viver em um sistema que preza pela competição frequente e desenfreada contribui para guerras e outros conflitos menores, mas igualmente horrendos.
“There’s no comfort in our brain
they put in the eye of the hurricane”
Esse trecho é uma referência adiantada ao que podemos chamar de o refrão de Le Dernier Vol. Bem, imaginem comigo. Como é possível alcançar o conforto numa situação dessas? Essa é talvez a metáfora mais coerente e ainda mais cruel que eu pude pensar para descrever o sistema em que vivemos. Nós procuramos o conforto, andamos, nos machucando, sofrendo, chorando e se desesperando pelos ventos agressivos e incessantes do furacão só para morrermos antes de chegar ao olho dele, onde reside o nosso conforto. As engrenagens de nosso mundo foram milimetricamente designadas para criar um ciclo de sofrimento, sofrimento esse que serve de combustível para essa máquina e mantém bem alimentados os que conseguiram chegar ao topo por algum motivo, provavelmente sujo. É impossível chegar ao olho do furacão sem passar por ventos cortantes, a não ser que você tenha um avião hiperdesenvolvido que possa colocá-lo por cima e te poupar de passar pelos lados.
“The soil is salted by mothers’ tears
and stained by the blood of soldiers in fear
All these soldiers in fear”
Ninguém que luta a guerra quer a guerra. Ninguém que ama as pessoas que lutam a guerra querem a guerra. Eles não vão ganhar nada com isso além de sofrimento e perda. Soldados maculados salgando a terra com suas lágrimas, desesperados, amedrontados e com saudade de casa e de seus amados. Mães com saudade de seus filhos ou pior, chorando pela perda deles. Dor, sofrimento, dúvida, desespero. É realmente isso que queremos deixar como nosso legado para esse grande e belo mundo azul? Eu espero de toda a minha alma que não. Por favor, vamos espalhar o amor. É tudo que nós temos. *Vivien segura as lágrimas*
“Promethea, save the poor
‘cause they don’t know what they do
Let them go before they’re dead
and the gods of war get finally fed
don’t let them get fed
(oh, please just let them go)”
E eu clamo por Promethea. A bela e majestosa divindade que salva os pobres homens que lutam as guerras. Não é culpa deles. Mesmo dos que inicialmente desejavam estar ali. Porque eles foram inseridos em uma vida que talvez os fez ver aquilo como a única saída ou então porque ensinaram o ódio a seu coração desde cedo. Eu peço a Promethea que intervenha por eles e não que os puna, eu peço que ela os deixe ir embora antes que alimente os poderosos tiranos que financiam aqueles genocídios miseráveis. Eu os chamo de deuses da guerra porque eu sei o poder que eles têm e também porque se encaixa melhor na métrica da música, mas esses deuses estão longe da luz e da real divindade. Eles são deuses tiranos, que só se preocupam com a própria vontade. Esses deuses nada mais são do que os líderes políticos dessa deplorável onda fascista que toma conta de algumas das nações do mundo. Nós não devemos deixar esses deuses continuarem canalizando dor e tártaro em nosso mundo. Se eles são deuses, então nós seremos novos titãs e defenderemos a paz com unhas e dentes. Eu conto com a ajuda de vocês, minhas queridas borboletas, e também de todos os meus irmãos historiadores, estudiosos e artistas. Não se esqueçam e não se desviem de nosso real valor, o de mudar nações.
[DIVULGAÇÃO PARA LIFE LOCOMOTIVE E PROMETHEA]
“Every battle starts a war
every war leaves cureless scars
They don’t lead no one to peace
If they really wanted peace they would just cease
They would just cease”
Eu sempre pensei que a essa altura, todos já tivessem consciência dos horrores da guerra e tomassem para si a missão de nunca repetir esses erros que já nos machucaram muito no passado, mas as últimas tensões políticas provaram o contrário. E eu acho que nós, artistas, temos a tarefa de sempre nos aliarmos à paz e ajudar na luta contra o terror. A arte tem também uma função social que é diretamente ligada com a história. Se a história deve nos lembrar de nossos erros e das consequências deles, a arte dele apelar para essas lembranças com compromisso e compaixão. Além disso, todos sabemos que a guerra sempre é introduzida por líderes políticos lunáticos como o caminho para a paz, mas isso é um disparate! Se eles realmente quisessem a paz, não promoveriam a guerra, afinal, essas coisas são antônimas. É claro que existem motivações para a guerra. Interesses covardes, egoístas e... bem, capitalistas. É claro que viver em um sistema que preza pela competição frequente e desenfreada contribui para guerras e outros conflitos menores, mas igualmente horrendos.
“There’s no comfort in our brain
they put in the eye of the hurricane”
Esse trecho é uma referência adiantada ao que podemos chamar de o refrão de Le Dernier Vol. Bem, imaginem comigo. Como é possível alcançar o conforto numa situação dessas? Essa é talvez a metáfora mais coerente e ainda mais cruel que eu pude pensar para descrever o sistema em que vivemos. Nós procuramos o conforto, andamos, nos machucando, sofrendo, chorando e se desesperando pelos ventos agressivos e incessantes do furacão só para morrermos antes de chegar ao olho dele, onde reside o nosso conforto. As engrenagens de nosso mundo foram milimetricamente designadas para criar um ciclo de sofrimento, sofrimento esse que serve de combustível para essa máquina e mantém bem alimentados os que conseguiram chegar ao topo por algum motivo, provavelmente sujo. É impossível chegar ao olho do furacão sem passar por ventos cortantes, a não ser que você tenha um avião hiperdesenvolvido que possa colocá-lo por cima e te poupar de passar pelos lados.
“The soil is salted by mothers’ tears
and stained by the blood of soldiers in fear
All these soldiers in fear”
Ninguém que luta a guerra quer a guerra. Ninguém que ama as pessoas que lutam a guerra querem a guerra. Eles não vão ganhar nada com isso além de sofrimento e perda. Soldados maculados salgando a terra com suas lágrimas, desesperados, amedrontados e com saudade de casa e de seus amados. Mães com saudade de seus filhos ou pior, chorando pela perda deles. Dor, sofrimento, dúvida, desespero. É realmente isso que queremos deixar como nosso legado para esse grande e belo mundo azul? Eu espero de toda a minha alma que não. Por favor, vamos espalhar o amor. É tudo que nós temos. *Vivien segura as lágrimas*
“Promethea, save the poor
‘cause they don’t know what they do
Let them go before they’re dead
and the gods of war get finally fed
don’t let them get fed
(oh, please just let them go)”
E eu clamo por Promethea. A bela e majestosa divindade que salva os pobres homens que lutam as guerras. Não é culpa deles. Mesmo dos que inicialmente desejavam estar ali. Porque eles foram inseridos em uma vida que talvez os fez ver aquilo como a única saída ou então porque ensinaram o ódio a seu coração desde cedo. Eu peço a Promethea que intervenha por eles e não que os puna, eu peço que ela os deixe ir embora antes que alimente os poderosos tiranos que financiam aqueles genocídios miseráveis. Eu os chamo de deuses da guerra porque eu sei o poder que eles têm e também porque se encaixa melhor na métrica da música, mas esses deuses estão longe da luz e da real divindade. Eles são deuses tiranos, que só se preocupam com a própria vontade. Esses deuses nada mais são do que os líderes políticos dessa deplorável onda fascista que toma conta de algumas das nações do mundo. Nós não devemos deixar esses deuses continuarem canalizando dor e tártaro em nosso mundo. Se eles são deuses, então nós seremos novos titãs e defenderemos a paz com unhas e dentes. Eu conto com a ajuda de vocês, minhas queridas borboletas, e também de todos os meus irmãos historiadores, estudiosos e artistas. Não se esqueçam e não se desviem de nosso real valor, o de mudar nações.
[DIVULGAÇÃO PARA LIFE LOCOMOTIVE E PROMETHEA]