Post by ggabxxi on Apr 3, 2021 16:34:50 GMT -5
[O drop de All Things Go toca]
KJ: Chamando todos os gangstas, chamando todos os gangstas!
Baekwan: Que porra é essa, Jongin?
KJ: O quê? Tô chamando meu exército, Baekwan. A gente vai pra guerra, eu não te falei?
[Baekwan dá risada]
Baekwan: A GENTE VAI PRA GUERRA!
KJ: OK, mas antes… GANGSTAS! Tão me ouvindo? Eu acabei de abrir minhas DMs, mandem o número de vocês e eu vou mandar… pra quem eu conseguir… um cupom de 100% DE DESCONTO EM QUALQUER MERCH DO STREET LIGHTS E UMA CÓPIA AUTOGRAFADA!!!
Baekwan: PORRA JONGIN? VOCÊ PODE FAZER ISSO?
KJ: Eu fiz, Baekwan… Vão lá, vão falir a B&S, Gangstas!
Baekwan: Caralho, assim você me fode, justo eu que sou o produtor queridinho da B&S, porra!
KJ: Baekwan, relaxa, cê produziu um single número 1 e um mini-álbum número 2 nos charts globais, cê pode fazer o que quiser se continuar dando dinheiro pra eles… VOCÊ É O PRODUTOR DO STREET LIGHTS!
Baekwan: É isso aí, uma obra-prima do caralho… peraí, a gente pode falar palavrão?
KJ: Eu sei lá, mas só quem falou foi você…
Baekwan: MANO?
KJ: Apple Music, a gente pode falar palavrão?... Ah, ok!
Baekwan: E então?
KJ: Tá liberado, pode continuar com essa sua boca suja…
Baekwan: Só eu? Até parece que ninguém escuta seus raps, né, filho da puta…
KJ: Eu sei que eles escutam, Street Lights é número 1, porra!
Baekwan: Caralho, Jongin, você é tão convencido…
KJ: Baekwan, a gente virou várias noites, eu escrevendo tudo e você produzindo, a gente gravando tudo… mano, a gente trabalhou pra caralho, se esforçou pra caralho, foda-se se acham que eu sou conhecido, me chamam de rei da Ásia e EU SOU A PORRA DO REI DA ÁSIA e não é por nada, é porque eu sou um rapper talentoso pra caralho, porque eu passei anos treinando, aperfeiçoando minha dança, meu rap e até meu canto, porque eu estudei pra caralho, quebrei vários ossos, e você também, porra! Cê não virou esse produtor fodão do nada, então tá tudo bem aceitar que você É UM PRODUTOR DO CARALHO, você lutou por isso, e foda-se se alguém fala que não.
Baekwan: Cê tá certo, eu sou um produtor fodão pra caralho, produzi um álbum PRA PORRA DO REI DA ÁSIA!!
KJ: É isso aí, porra!
[Os dois dão risada]
KJ: Caramba… agora que já respondi meus gangstas… caralho, gangstas, vocês são gostosos pra caralho, podem continuar mandando mais DMs pra mim…
Baekwan: Jongin…
[KJ dá risada]
KJ: Que foi, Baekwan, ficou com ciúme? Não precisa, cê sabe que eu também te acho bem sexy… com esse piercing aí na boca… vou te dar um beijo mais tarde…
Baekwan: Vai se foder!
[Os dois dão risada]
KJ: OK… agora que os gangstas que gostam de uma viadagem já tiveram o que eles queriam desse episódio…
Baekwan: Ha! Cê viu que eles shippam a gente? Tem aquelas montagens estranhas no Twitter…
KJ: É… os gangstas são criativos, deixa eles, Baekwan…
Baekwan: É… mas e se eles soubessem que você tá pegando…
KJ: AGORA VAMO PRA GUERRA BAEKWAN.
Baekwan: É isso, vamo pra guerra.
KJ: Então… o mundo todo parece ditar como regra o que aqueles portais que se acham os sabe-tudo da música dizem… eu to pouco me fodendo pra eles, de verdade, pra que eu vou ligar pra o que um bando de estadunidense fala sobre minha música? Eles são um bando de tiozões solitários que acham a única alegria da vida deles em massacrar artistas de verdade…
Baekwan: É isso aí, caralho!
KJ: Mas aí, o Baekwan tava animadaço pro Grammy e ele disse que tem bastante material que vai bem nessa porra de Metacritic e ganha… agora, o princípio dos dois pra mim é o mesmo lixo, a bancada do Grammy é um bando de velhos brancos dos Estados Unidos da América frustrados com a própria vida e que se sentem melhor falando que alguns trabalhos são melhores que outros… mas o Grammy é assunto pra outro dia… talvez outro episódio?
Baekwan: Talvez?
KJ: Com certeza pra outro episódio, especialmente o Grammy desse ano que foi uma piada do caralho… ENFIM, voltando às vadias do Metacritic que tem um monte de merda pra falar sobre mim, sempre…
[Baekwan dá risada]
KJ: Eles são obcecados pra caralho, acho que isso tudo é tesão escondida sabe, Baekwan… O dia que eu deixar aqueles velhotes chuparem meu pau, eu ganho a porra de um 100!
Baekwan: Caralho Jongin, agora você não ganha 100 nunca mais!
KJ: Foda-se, podem me dar a porra de um vermelho porque é uma cor do caralho e combina com a bandeira da Coreia e eu sou a porra do rei da Coreia então… Enfim, Baekwan, abre aí a página do Metacritic, vamos dar umas migalhas pra esses velhotes…
Baekwan: OK, tá aqui, a primeira crítica é daquela RapReviews.Com
KJ: Caralho, isso aí vai ser bom… um bando de velhinhos falando de rap? Vão escutar um Jazz, senhores, vão escutar aquelas cantoras que fazem música de velho, falem da Vivien Turner e não do chefão KJ, eu não sou pra vocês… Nada contra a Vivien, ela é uma artista do caralho.
Baekwan: Caralho, Jongin… calma aí, vou ler aqui.
KJ: Lê aí, bem alto pros meus gangstas escutarem…
Baekwan: “Street Lights é um álbum que se destaca pelo personagem envolto em cada uma das suas linhas. Quando você escuta cada música, consegue imaginar um clubber com muitas questões internas e externas que são, na maioria das vezes, interpretadas através de dor e violência. A proposta do álbum é bastante promissora e desperta o interesse facilmente do público. Cada faixa parece tecer um enredo que te leva por uma viagem pelas luzes da rua. A coesão entre suas faixas com uma batida experimental ao mesmo tempo que combina um hip hop mais "viajado", tendo um adendo apenas para All Things Go que ainda que encaixe bem, traz um lado mais relaxado no meio de um álbum mais intenso. O único ponto desanimador é o público ter esperado um KJ mais combativo com fast verses potentes em vez de um KJ que mostra seus acessos de fúria com um rap relaxado, fora isso, ele apresentou um bom trabalho e deixou um sabor de quero mais.”
KJ: Um sabor de quero mais? Que porra é essa?
Baekwan: Eu sei lá…
KJ: Quando eu falo que esses caras querem foder comigo…
[Baekwan dá risada]
KJ: OK, vamo lá… É isso, porra! Fale um nome. QUALQUER UM. Falem UM NOME do rap que consegue criar um cenário e uma vibe nos versos. Kim Jong In é ÚNICO NESSA PORRA DE INDÚSTRIA. Pra quem escreveu isso aqui, cê comentou sobre isso então eu tenho algum respeito por você, Rap Reviews. Clubbers, viagens pelas luzes das ruas, era essa a vibe do primeiro plano do Street Lights. Sim, do primeiro plano, porque um rapper de verdade tem que fazer mais planos, tem que ser mais complexo. KJ não fode com superficialidade, eu vou fundo. E sim, All Things Go é meio diferente e mais relaxado porque quem já passou por um término e se culpa por isso sabe que sua mente sai do controle às vezes, por isso o Street Lights é coeso, mas inconstante, por isso em todas as músicas, eu assumo uma postura de alguém que se sente culpado o tempo todo mas que tem picos de raiva do outro. Eu sei que eu sou totalmente culpado pelo que aconteceu, eu não queria culpar o Brendon por nada mas achar coisas pra se justificar é uma coisa que todo mundo faz, sabe? Eu sei que a gente morar cada um em um lado do planeta não é motivo, eu sei que eu me sentir solitário sempre que a gente não tava junto não é motivo mas… admitir isso, pra mim, era um jeito de falar que só eu destruí tudo, que eu sou o único monstro da história e por um momento, eu não queria admitir isso. Mas em All Things Go, que é a penúltima faixa do Street Lights, a história já está em uma fase avançada, eu já entendi que eu fui o único errado e que eu mereço tudo que eu to sofrendo desde então, e isso meio que te dá uma paz, sabe? Sentir que você não precisa mais lutar pra se defender de ideias que te atacam… mesmo que elas sejam verdade. Tá tudo bem ser um filho da puta, contanto que você assuma que é um filho da puta, cês tão me entendendo? E como eu vou me tornar uma pessoa melhor se eu não começar aceitando que eu sou um lixo de pessoa? E misturar toda essa profundidade de sentimentos fazendo um trabalho em que o som e os versos fazem os ouvintes criarem todo um cenário na cabeça? Tipo, eu era a única pessoa correndo na chuva nas ruas de Los Angeles, entrando num clube e ficando bêbado, mas todos que escutam Street Lights conseguem imaginar uma rua, um clube, as luzes, os semáforos, a tristeza, a chuva, as bebidas… é como se todo mundo que escutou estivesse lá naquelas ruas, assistindo tudo de longe… Agora, o ponto desanimador… Mano, você queria fast verses em um EP sobre término? Tipo… Por quê? Pra mostrar minha habilidade? Meus fast verses estão no Cider. E KJ não precisa fazer fast verses pra mostrar que tem flow, meu flow é next level nessa indústria, já podem me colocar na porra de um trono do lado da Onika porque ela é a rainha e eu sou a porra do rei. E esse é o problema com vocês que curtem o rap mas não sabem da história dessa arte, versos rápidos não significam rap bom. Eminem pode ser um nome grande nessa indústria, mas fãs de rap de verdade sabem que Keep Ya Head Up do Tupac significa muito mais pro rap que Rap God, mesmo que ele não esteja falando que é fodão, mesmo que ele não tenha fast verses. E reis de verdade, chefes de verdade não precisam ficar falando o tempo todo em todas as músicas que são reis. Os Reis de verdade assumem quando erraram, assumem que são humanos. Eu não preciso ficar o tempo todo fazendo música pros meus haters, eles já são derrubados toda vez que eu provo que inspiro pessoas com a porra do meu rap. E eu não vou fazer fast verses quando eu não quiser, simples. Eu não preciso deles pra causar impacto nessa indústria, eu sou um artista versátil, eu posso escrever versos em cima de qualquer música, sobre qualquer coisa, eu não preciso me limitar a falar pros outros que eu sou fodão. E pra que eu vou gastar tempo falando “ah, é melhor terem cuidado comigo filhos da puta” se existem coisas muito maiores, mais relevantes, acontecendo na minha vida? O que me importa se tem uns babacas tweetando merda de mim se eu to perdendo algo que eu amo pra caralho e não posso fazer nada porque fui eu que não valorizei essa coisa o suficiente? Eu sou KJ, eu sou fodão naturalmente, e eu sou mais fodão ainda quando mostro que sou um dos caras mais respeitados da música mesmo quando eu não estou confiante e seguro de mim mesmo. Assumir que você tem momentos de insegurança, tristeza e medo numa indústria em que todo mundo tá só querendo se vangloriar de tudo que faz e do dinheiro que tem é um ato de coragem e ousadia, o que mais vocês querem quando eu estou lançando Street Lights e a rainha do rap, Onika Stallion, acabou de lançar Futuristic Woman? Nós, rappers, estamos falando de coisas que realmente importam pra gente. E Kim Jong In não precisa de fast verses pra mostrar que tem flow. Agora, sobre a vibe, a cinematografia das músicas, isso não seria possível sem ESSE CARA: Choi Bae Kwan.
Baekwan: Valeu, Jongin.
KJ: Você sabe que você é foda, Baekwan.
Baekwan: Claro que eu sei!
KJ: Muito bem, acho que já chega de falar dessa. Cê pode ler a próxima pra gente, Baekwan?
Baekwan: Vamos lá. Essa é da Consequence Of Sound. “Em seu ansiado segundo mini-album, KJ se demonstra melancólico ao desabafar sobre seu turbulento relacionamento com Apollyon onde seu flow demonstrado em Danger Girl e também em Cold Turkey, que é a melhor música apresentada dentre as seis realçando o grande talento do rapper lírico e no hip & hop. O que estraga Street Lights de ser melhor é sua produção desgastante e coesa até demais, onde o clímax e o caminho que KJ propõe em suas músicas acaba se tornando frustrante e um pouco cansativo de ouvir, pois a falta de músicas com mais unicidade e desenvolvimento próprio acaba nos fazendo esperar um pouco mais em relação ao projeto. As seis faixas do projeto não são ruins e que KJ não possa ter músicas desabafando sobre sua tristeza, mas a linearidade extrema em quase sete faixas incomoda pelas músicas acabarem falando sobre as mesmas coisas e se entrelaçarem de forma pouco orgânica especialmente em All Things Go, que é com certeza a mais cansativa de todas estas. Apesar disso, o álbum acerta na forma como KJ se expressa em suas músicas, mostrando o desenvolvimento artístico e pessoal do artista em meio a um momento tão turbulento, mostrando o quanto KJ é tão único e especial nesta indústria.”
KJ: Você tem razão, Consequence Of Sound. KJ é único e especial nessa indústria. E… acaba aí. Por que todo mundo acha que músicas que atuam como parte de um projeto interino não são únicas ou independentes? KJ sempre vai fazer ÁLBUNS. ÁLBUNS DE VERDADE. Se vocês querem uma compilação de singles, façam a porra de uma playlist com meus singles, caralho. Mas eu não vou parar de contar minha história através dos meus versos. Foi assim no Cider, foi assim no Street Lights. E sobre todas as músicas falarem da mesma coisa… eu não vou comentar agora, gangstas, vamos falar disso na próxima crítica…
Baekwan: Pitchfuck…
KJ: PITCHFUCK…. mas voltando a essa aqui… Linearidade extrema… Mano, eu nem sei o que comentar sobre isso. Meu rap sempre teve e sempre vai ter uma storyline, esse é um dos meus diferenciais nessa indústria. Ninguém faz rap com storyline como KJ. E sendo um rapper de storyline, eu acho que o mínimo que eu tenho que fazer é ser fiel à linearidade da minha história. Cada música no Street Lights fala de uma coisa totalmente diferente, mas todas elas se unem num estopim. Tudo o que eu conto em cada uma das faixas é um fato totalmente diferente, mas todos esses fatos são consequências de eu ter sido um merda e não ter valorizado meu noivado com o Brendon, que não era perfeito mas era a melhor coisa que eu tinha. Nem por isso, as faixas se tornam repetitivas, afinal, mesmo que tendo origem na mesma coisa, cada música fala de um fato isolado e segue uma ordem cronológica sim, porque eu odeio histórias que são contadas fora de ordem e ainda mais em forma de música, se o Street Lights não fosse construído do jeito que eu construí, na ordem certa e real, ele ficaria mais confuso ainda. E se vocês já não entenderam ele desse jeito, imagina se eu tivesse feito ele sem me preocupar bastante com a linearidade? Não existe nenhum extremo aqui, só existe uma história sendo contada respeitando a ordem dos fatos e dos sentimentos que esses fatos causaram em mim.
Baekwan: NÃO É?
KJ: E a produção cria uma vibe totalmente fiel aos meus sentimentos então, vamos valorizar esse filho da puta aqui do meu lado, você é bom pra caralho, Bae.
[Baekwan dá risada]
Baekwan: Valeu, Jongin… Cê é demais também.
KJ: E agora… vamo pra essa vadia que tem umas merdas pra falar de mim no portalzinho de merda dela…
Baekwan: PITCHFUCK!
KJ: Que porra é essa, Pitchfuck? 69? É isso que você tá tentando fazer com KJ? Deixa eu te falar um negócio, eu não faço 69 com quase ninguém porque seu pau tem que ser de ouro se você quer que KJ chupe ele.
Baekwan: Jongin, cê é muito retardado, mano…
[KJ dá risada]
KJ: Lê aí o que esses caras que querem fazer um 69 comigo falaram da obra-prima do rap, Street Lights.
Baekwan: “Inspirado pelo período pós-término de seu relacionamento com Apollyon, KJ entrega um mini álbum interessante, mas um pouco decepcionante com “Street Lights”. A temática lírica do EP se mostra como seu ponto mais forte, e ao mesmo tempo sua maior inimiga. A descrição de seus sentimentos é admirável, não deixando de fora nenhum detalhe, por mais pesado ou vergonhoso que possa parecer. Mas, as letras das 6 faixas parecem bater sempre na mesma tecla, alternando levemente a intensidade entre si, sempre resumíveis à saudade e tristeza sentida em relação ao ex, entre algumas referências à locais urbanos. Se os notáveis leves traços de sentimentos como a raiva fossem melhor explorados, boa parte do problema estaria resolvido. Sendo outro ponto fraco do disco, as produções com atmosferas e sonoridades semelhantes também não ajudam a diferenciar as músicas do projeto, com exceção do destaque “Cold Turkey”, que começa um tanto monótona, mas diferente de “All Things Go” que se mantém assim durante toda sua duração, a faixa número 3 logo mostra sua variedade sonora junto à melhor das 6 composições. KJ apresentou um EP coeso e condizente com o atual momento de sua vida, mas para sua próxima obra, esperamos ver mais diversidade emocional.”
KJ: Letras que batem na mesma tecla? Mais diversidade emocional? Porra, Pitchfuck, que Street Lights você escutou? Baekwan, aperta a porra do play.
Baekwan: Seu desejo é uma ordem, rei da Ásia.
[O mini álbum Street Lights começa a tocar]
KJ: Street Lights. A porra da faixa-título. Tem muita coisa aqui e essa é só a primeira faixa. Eu falo da minha imaturidade, da relação de dependência emocional que eu tinha com ele. Logo no começo eu falo que eu tava pouco me fodendo pra minha vida, até falo que eu queria morrer e isso é o tema central aqui, falar sobre dependência emocional e que eu era assim com o Brendon e isso não me fazia bem. Não era culpa dele, nada disso, fui eu que estabeleci essa relação de dependência e perceber isso foi uma das várias coisas que aconteceram depois que nós terminamos nosso noivado. Street Lights sou eu dizendo: Eu to me sentindo uma merda, eu quero morrer de verdade e isso não é bom, isso não deveria ser assim. Ela ainda termina constatando mais uma coisa ruim na relação que eu tinha com o Brendon. A gente não resolvia as merdas que aconteciam com a gente. Nunca resolvemos elas de verdade. E isso também não é culpa dele, é minha, porque eu me recusava a me abrir com ele, a falar das coisas que me incomodavam na nossa relação, então a gente só transava e eu fingia que estava tudo bem.
Baekwan: “If I die, then I did it right”. “Do you care if I don’t live another day, I’ll party till I RIP”. “Let’s do what we always had, I’ll make it right on your bed”. Porra, como você é um portal de crítica musical e não pega essas coisas? Isso é totalmente simples e acessível, não precisa ser nenhum gênio pra entender do que essa faixa tava falando…
KJ: E minhas rimas são do caralho, Pitchfuck. Próxima, Danger Girl. Essa música fala sobre amizade. Fala sobre aquela pessoa que sempre tá lá, te dando um ombro pra chorar e evitando que você caia nos seus piores pensamentos de novo, quando acontece uma coisa tipo o término de um noivado de quase um ano… Se alguém ainda não tinha entendido, vamo lá gangstas, um salve pra minha garota Yves, ela é uma amiga do caralho. Eu te amo e eu não sei se o Street Lights estaria entre nós se você não fosse minha amiga. Obrigado por ser alguém com quem eu possa contar. Gangstas, encham essa mulher de amor caralho! Mas voltando à música. OK, essa é talvez um pouco mais complicada, porque o refrão tem dois sentidos, ele tem o sentido literal e o metafórico. Quando eu falo que estava correndo em círculos, eu não to falando só de como eu estava bêbado fazendo coisas sem sentido naquela boate em LA, eu também to falando de como eu tava preso naqueles sentimentos que eu descrevo no segundo verso, depois do primeiro refrão, e logo depois, eu digo que minha Danger Girl me salvou. E foi assim no começo. Eu sempre ficava nesse ciclo, me sentindo mal, me culpando, sem parar, e aí, a Yves me salvava desse ciclo várias vezes na mesma noite. Essa música não fala de saudade e de tristeza apesar de tangenciar elas. Danger Girl fala que eu tive uma amiga pra me ajudar a superar isso, eu tive alguém com quem contar pra não fazer merda quando minha relação de dependência emocional com o Brendon entrou em colapso. Danger Girl não é sobre saudade, não é sobre tristeza, é sobre amizade.
Baekwan: E isso é muito perceptível se você realmente escuta a música com atenção.
KJ: Cold Turkey. Essa sim, é a única do álbum que fala puramente sobre saudade e tristeza. A expressão “cold turkey” vem de uma gíria do inglês britânico que basicamente significa estar em abstinência, tentando se livrar de dependência química. Mais uma vez, eu falo sobre a dependência emocional, mas em mais um passo da história, porque depois da ajuda dos meus amigos, que eu cito em Danger Girl, eu me tornei forte o suficiente pra me recuperar disso, entender que dependência emocional não é algo bom e procurar meios de me educar e de transformar minha mente, pra parar de depender emocionalmente de outra pessoa, ser capaz de ser feliz e ter uma vida completa sozinho, independente, não pra ficar sozinho pra sempre mas pra me manter vivo e estável caso algo parecido com meu término com Brendon aconteça. É sobre entender que se eu perdi alguma coisa que me fazia feliz hoje, eu não posso desistir da felicidade mas buscar ela em outras coisas, entender que existe mais felicidade pra mim no futuro. Por isso, a metáfora com a expressão “cold turkey”. Pessoas que estão tentando se livrar da dependência de uma droga sentem dor, SIM. Sentem uma dor quase insuportável, mas o que dá força pra elas continuarem é saber que no fim do processo de desintoxicação e reabilitação, elas vão ser capazes de se sentirem bem e felizes sem cocaína ou heroína. O tema central de Cold Turkey pode ser a saudade dilacerante que eu senti de Brendon, mas ela também fala que eu estava tentando me adaptar a uma vida sem ele e que eu não deveria ter baseado toda a minha felicidade só na presença dele na minha vida.
[Tudo fica quieto por um tempo. É possível escutar sons de beijo]
KJ: OK, chega de Cold Turkey. Vamos pra próxima, Bae.
Baekwan: Tá na mão.
KJ: Soju Bed. Essa música não fala NADA, NENHUM ÚNICO VERSO, sobre saudade e tristeza. Muito pelo contrário. Fala sobre uma relação sem compromisso que eu...tenho. Com alguém que me faz esquecer de me sentir triste. Que me fez ficar melhor, me sentir mais feliz. É sobre transar bêbado de soju, uma bebida tradicional coreana, então claramente é sobre outra pesso, não sobre o Brendon. Alguém daqui, da Coreia.
Baekwan: A música literalmente fala NADA DE TRISTE NA CAMA DE SOJU.
[KJ e Baekwan dão risada]
KJ: All Things Go. Essa música é um comparativo. Todos sabem que ano passado, eu fui pro hospital urgentemente… depois de uma tentativa de suicídio por asfixia. Aqui, é um KJ mais maduro lembrando que ele não é mais esse garoto infantil que tentou se matar por perder um namorado. Fica bem claro que eu falo do episódio do hospital nos versos “Smoke in my room, I’ll fill every last brick, will you think about me when you’re with some new chick?”. E então, eu comparo com o estado em que eu fiquei quando eu e Brendon terminamos e assumo que eu tenho uma dificuldade com fins e que tudo isso fica aparente nas minhas ações, como eu falo quando digo que há sinais em todos os meus suspiros. Aqui, eu também assumo publicamente o que eu fiz. Eu traí Brendon. Eu… te pedi desculpa aquele dia na sua casa, mas eu queria te pedir desculpa mais uma vez, Brendon. Me desculpa por ser um traidor.
Baekwan: Porra, Jongin, troca o disco.
KJ: Tem razão, caralho! Agora, eu vou ter que escrever uma Danger Boy pra você também?
Baekwan: Danger Boy o caralho. Vai, vamo pra Welcome to L.A.
KJ: É isso aí, Welcome to L.A. Bota aí pra tocar, Bae.
Baekwan: Caralho, eu me orgulhei tanto do resultado final dessa…
KJ: Baekwan, você foi do caralho nessa… a vibe meio guetto no refrão, mano, isso aqui é produção do nível da minha garota Tunash.
Baekwan: Nah, não acho que ficou tão bom quanto ela.
KJ: A Tunash é foda mas cê chega lá, ué. De qualquer jeito, valeu por isso, você é um gênio, maninho.
Baekwan: Valeu, Jongin.
KJ: Welcome To L.A. Essa fala nada mais do que o fato de que nada que foi muito importante pra você vai embora. Agora, esse Jongin aqui já tá melhor, já consegue ficar bem sozinho e sorrir, mas eu nunca vou parar de me pegar pensando algumas vezes no que eu e o Brendon poderíamos ter sido se eu não tivesse sido babaca, sabe? Isso não é necessariamente sobre ainda amar, ainda sentir saudades ou não, é só sobre como tudo isso deixou sequelas emocionais em mim, sobre como Los Angeles virou um lugar triste na minha concepção pessoal e sobre como eu recriei minha vida, moldei ela toda pra nunca ser lembrado do que aconteceu porque a culpa é um sentimento que nunca nos deixa. Eu estou feliz agora, eu realmente estou. Mas isso não significa que eu ainda não tenha pesadelos do dia em que eu fiz tanto mal pro Brendon que ele me deu um último beijo e depois, me expulsou da casa dele chorando.
Baekwan: Caralho, Jongin…não sei se você é corajoso ou louco falando tudo isso na internet, você sabe que o mundo todo vai saber disso agora, né?
KJ: Sei, Bae. E eu também sei que eu vou ser massacrado na internet e que meus haters vão adorar essa porra mas quer saber? Foda-se. Eu já passei por tudo isso, podem falar qualquer merda, eu já tô blindado contra essa merda toda. E esse foi o primeiro episódio do Boss Radio. Gangstas, apesar de tudo que rolou aqui, não mandem mensagens de ódio pra ninguém. Só não consumam mais o Metacritic, vocês não precisam saber as merdas que eles falam sobre artistas que trabalham duro pra se manter memoráveis nessa indústria. Ao inves disso, esperem pelo álbum da minha amiga do caralho, Yves. Apoiem a Electra-noona, que me mandou uma dm aqui... Noona, eu já tenho seu número, esqueceu?
[KJ e Baekwan dão risada]
KJ: Meus filhos PLASMA acabaram de lançar um pre-release single e o álbum de debut deles vem aí. Apoiem a nova geração de artistas R&B e Hip Hop, Monët, eu to falando de você! E é isso, não deem atenção pra coisas como o Metacritic mandando mensagens de ódio a eles. Ao invés disso, apoiem os artistas que eles fazem se sentir mal. Aos gangstas estrangeiros de países em que a pandemia ainda não está sob controle, se cuidem, usem máscaras e muita higiene! Escutem o Street Lights, apoiem meu garoto Baekwan em seus trabalhos futuros e também apoiem meus irmãos do DYNASTY nos trabalhos solo deles e quando debutarmos como grupo, por favor! Tchau!
DIVULGAÇÃO PARA STREET LIGHTS E COLD TURKEY